sábado, 15 de julho de 2017

MENSAGEM 05: O PECADO DA INDIFERENÇA



O PECADO DA INDIFERENÇA

Texto Base: Lc 15.11-13 - "E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte da fazenda que me pertence"


TESE:
- As Escrituras Sagradas relatam-nos 39 parábolas de Jesus, nos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas.
- Algumas dessas parábolas são relatadas por dois e até mesmo três Evangelhos.
- Não é esse o caso da "Parábola do Filho Pródigo". Apenas Lucas relata esta, que é considerada a "Princesa das Parábolas".
- Trata-se de uma parábola maravilhosa, repleta de ensinos tremendos.
- E nesta mensagem vamos trazer uma reflexão com base nessa parábola, sob o tema "O Pecado da Indiferença"
 


DESENVOLVIMENTO:
1) O PECADO DA INDIFERENÇA
- Certo pensador disse: “O contrário do amor não é o ódio; o contrário do amor é a indiferença”.
- O contrário, o oposto, o revés do amor é a indiferença.
- Como pode uma pessoa retribuir o amor de outra sem dar-lhe amor semelhante? O amor não retribuído é uma das coisas mais tristes que existem.
- Homens que desprezam as mulheres que os amam; mulheres que desprezam os homens que as amam; filhos que desprezam os pais que os amam; pais que desprezam os filhos que os amam.
- Pessoas que não se importam com o amor que recebem; pelo contrário, esnobam-no; humilham-no; desdenham dele.

2) A INDIFERENÇA DO PRÓDIGO
- A Parábola do “Filho Pródigo”, a “Princesa das Parábolas”, narradas por Jesus Cristo e transcrita pelo Evangelista Lucas, nos fala a respeito de um certo homem que tinha dois filhos (Lc 15.11).
- Sem informar seus nomes, Jesus relata que o mais jovem desses dois filhos, certo dia, aproximou-se do pai e disse: “Pai, dá-me a parte da herança que me pertence” (15.12).
- Era um pedido disparatado na cultura judaica, afinal o pai estava vivo, e pedir a sua parte da herança era como se dissesse ao pai que ele estava morto para ele, o pai fez assim como lhe fora pedido.
- E aquele jovem, poucos dias depois, ajuntou tudo o que tinha, partiu para uma terra longínqua...
            - Deixando a casa do pai
            - Deixando o trabalho na casa do pai
            - Deixando o irmão trabalhar dobrado
            - Deixando a presença do pai
- O contexto bíblico nos faz depreender que havia um grande amor por parte do pai por aquele filho (Lc 15.20); que havia fartura naquela casa (Lc 15.17).
- Ora, teoricamente não havia motivo aparente para o filho pedir a sua parte da herança e abandonar a casa do pai.
- A Bíblia não relata, mas creio que aquele jovem não tomou aquela decisão de uma hora para outra; ela foi gerada paulatinamente, reflexivamente, pouco a pouco, dia a dia.

3) A DESMOTIVAÇÃO DO PRÓDIGO
- O filho pródigo desistiu da vida que levava; o filho pródigo desistiu da casa do pai; desistiu da presença do pai.
- A casa do pai já não o agradava mais. O trabalho na casa do pai não o motivava mais.
- O amor do pai já não lhe era suficiente.
- Não sei quando foi que aconteceu, mas ele se enfadou da presença do pai; ele se desgostou com o seu irmão; ele se enfadou com a casa do pai (estando na casa do pai).
- Aquele jovem queria experimentar outras coisas; queria “aproveitar as delícias da vida” longe de seu pai e da casa do pai; queria aproveitar as riquezas do pai distante da casa do pai.
- Ele queria a riqueza do pai, mas não queria mais a presença do pai. Já não queria mais o pai.

4) A DECISÃO DO PRÓDIGO
- Foi nesse cenário de insatisfação e desmotivação que aquele jovem tomou a decisão mais importante da sua vida: “Pai, dá-me a parte da fazenda que me pertence”...
- É como se dissesse: “pai, eu não lhe quero mais; eu não quero saber de seu amor; eu não me importo com a sua casa; eu não me importo com a nossa família; eu só me importo com a herança”.
- Eu não quero mais nossa casa, quero a minha herança
- Eu não quero mais o meu irmão, quero a minha herança
- Eu não quero mais a presença do pai, quero a minha herança
- Eu não estou “nem aí” pro amor do pai, quero a minha herança

5) O DESPERDÍCIO DO PRÓDIGO
- E lá se foi o mancebo, o pródigo, desperdiçar toda a sua herança vivendo dissolutamente.
- Essa história é tema para muitas outras pregações, mas hoje não entraremos nelas.
- Hoje não queremos destacar o que o pródigo desperdiçou, mas queremos ressaltar aquilo que ele desprezou; aquilo que ele deixou; aquilo que ele não se importou.

CONCLUSÃO
6) O PRÓDIGO, HOJE
- Muitos estão hoje como aquele filho pródigo.
- Estão na Casa de Deus, trabalham na Obra de Deus, estão em comunhão com os irmãos, desfrutam da presença de Deus, do grande amor de Deus.
- Na Casa de Deus tem tudo o que precisam, há fartura de alimentos, há abrigo seguro.
- Mas muitos estão como o filho pródigo antes de sair de casa e desperdiçar toda a herança do pai. Insatisfeitos. Desmotivados.
            - As músicas da Casa do Pai já não o agradam mais
            - As palavras da Casa do Pai já não o agradam mais
            - Os conselhos do pai parecem-lhe antiquados
- A Casa do Pai ficou muito chata para alguns.
- Muitos hoje querem o sustento mas não querem a presença
            Acabou o amor pela casa do pai
            Acabou o amor pela Obra do pai
            Acabou o amor pelo irmão
            Acabou o amor pelo pai
- Mas não acabou o amor pela riqueza que o pai proporciona.
- "De ti, meu pai, eu não quero a presença; eu não quero os ensinos; eu não quero o trabalho; eu não quero o amor; eu só quero a MINHA parte da herança"
            - É a herança que me atrai
            - É à herança que eu amo
            - É a herança que eu quero
- “Eu só quero a minha herança”...
- E isso fere o amor do pai.
- O pai nos ama tanto; o pai tem feito tanto por nós. E o que temos dado em retribuição? A indiferença?

CONVITE
- O contrário do amor não é o ódio, mas a Indiferença
- Se você hoje está como o pródigo, desmotivado, indiferente ao amor do pai.
- Se você hoje está como o pródigo, mais apaixonado pela herança do que pelo pai.
- Se você hoje está como o pródigo, prestes a pedir a sua parte da herança e partir para curtir seus prazeres distante da presença do Pai, aprenda com a Princesa das Parábolas.
- Desse jeito você está entristecendo o nosso Deus. Desse jeito você está esnobando o amor do nosso Deus.
- Mude hoje; retribua o amor de Deus. Por Ele, e não por causa da herança.
 

sábado, 1 de julho de 2017

MENSAGEM 04: A MAIS VALIOSA OFERTA



A MAIS VALIOSA OFERTA

Texto Base: Gn 4.1-5

TESE:
- Ao introduzirmos esta mensagem voltamos aos tempos mais remotos da história da humanidade.
- A um episódio mto importante nas vidas dos 2 primeiros homens nascidos na terra, do relacionamento conjugal: Caim e Abel.
- Eles eram irmãos, filhos de Adão e Eva. Caim, o primogênito. Abel, o segundo.
- Caim era lavrador da terra; e Abel era pastor de ovelhas.


DESENVOLVIMENTO:
1) OS IRMÃOS OFERTAM AO SENHOR
- A Bíblia não relata grandes detalhes a respeito das vidas de Caim e Abel, da sua personalidade, da sua conduta, do relacionamento entre os irmãos.
- Mas relata que, ao cabo de dias, ambos trouxeram ofertas ao Senhor nosso Deus.
- Aparentemente tanto Caim quanto Abel eram crentes; criam na existência de Deus; pois, se assim não fosse, nada ofertariam.
- Aparentemente ambos se empenharam em apresentar a sua oferta ao Senhor; ofertas do fruto de seus trabalhos como lavrador da terra e como pastor de ovelhas.
- Era de se esperar que ambos os irmãos agradassem a Deus.
# Até porque, desde crianças aprendemos que, por educação, mesmo que não gostemos do presente recebidos, devemos demonstrar alegria e gratidão por aquele que nos presenteou.
- Mas não foi o que aconteceu! A reação de Deus não foi igualitária em relação às ofertas recebidas.
- A Bíblia é enfática ao afirmar que “atentou o SENHOR para Abel e a sua oferta” (Gn 4.4), mas que “para Caim e para a sua oferta não atentou” (Gn 4.5).
2) A QUALIDADE DAS OFERTAS
- Mas por que a reação de Deus foi tão distinta?
- Não eram ambos irmãos? Não eram ambos crentes? Não eram ambos ofertantes a Deus? Não trouxeram ambos do fruto do seu trabalho?
- Há quem defenda que Deus não aceitou a oferta de Caim porque a sua preferência seria pela oferta de animais, e não de frutos e cereais.
            - Os defensores dessa tese citam que Deus ordenou que        Noé, ao entrar na Arca, levasse consigo animais para serem             ofertados a Deus.
            - Que no dia da instituição da Páscoa foi o sacrifício de        animais e o sangue nos umbrais da porta que fizeram o anjo    da morte passar por cima da casa dos hebreus.
            - Que no dia da Expiação animais eram sacrificados para      cobrir o pecado do povo;
            - Que Deus várias vezes no Antigo Testamento respondeu    com fogo diante da oferta de animais sacrificados.
- Penso que essa teoria está equivocada.
- Deus igualmente se agrada da oferta do fruto da terra.
- Na Festa das Primícias há as ofertas dos frutos do solo, as quais Deus recebe com alegria (Lv 23.13; Dt 26.2).
- Na Festa de Pentecostes também há ofertas dos frutos do solo, ordenadas por Deus (Lv 23.16,17).

2.1) A OFERTA DE CAIM
- Então por que Deus não atentou para a oferta de Caim?
a) Caim trouxe uma oferta comum para um Deus incomum (“Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor” – Gn4.3).
b) Provavelmente a oferta de Caim não foi uma oferta voluntária. Não era de coração. Não era com verdadeira fé. Não era com alegria.
c) Deus atenta antes para o ofertante do que para a oferta. Caim não tinha um testemunho agradável diante de Deus (Gn 4.6,7). Deus conhecia o coração de Caim (I Sm 16). Ele esquadrinha os corações.
2.2) A OFERTA DE ABEL
- A Bíblia diz que “atentou o SENHOR para Abel e para a sua oferta” (Gn 4.4).
- Como foi que se compreendeu que Deus recebeu bem a oferta de Abel não se sabe. Qual foi a reação visível da parte de Deus. Se houve fogo. Ou algum outro sinal ou manifestação.
- Mas se sabe que a oferta de Abel agradou ao SENHOR.
- E com certeza não é porque o nosso Deus prefira carne, como explicam alguns.
- Então, por que Deus atentou para a oferta de Abel?
            a) Abel compreendeu que um Deus Tremendo merece a        melhor oferta. Uma oferta incomum.
            “trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua   gordura” (Gn 4.4) – Abel trouxe a melhor parte dos       melhores animais. Ele caprichou. Achou que Deus merecia,             de fato, algo especial, algo maior que a média.
            b) A sua oferta foi dada com alegria, com amor, com fé e      com gratidão. Deus ama aquele que dá com alegria.
            c) Deus atentou primeiro para Abel e depois para a sua         oferta. Abel foi aceito antes que a sua oferta. A oferta foi agradável a Deus, porque Abel lhe era agradável.

3) A NOSSA OFERTA
- E nós, que tipo de oferta temos oferecido ao SENHOR?
- Obviamente que não falo somente da oferta financeira, mas também especialmente a nossa vida e o nosso culto.
3.1) O NOSSO CULTO
- “Que culto é esse vosso?” (Ex 12.26)
- Que culto você tem oferecido ao Senhor?
- Você tem vindo à Igreja para celebrar e adorar ao Rei Jesus ou apenas para cumprir um compromisso religioso?
- Está aqui nesta noite com alegria e com amor ou apenas por aparências?
- Você oferece seu culto ou apenas é um espectador?
- Está aqui para servir àquele que é digno ou para analisar e criticar os outros?

- A qualidade do Culto começa mesmo antes, na intenção do coração e na alegria em fazê-lo (Sl 122.1)
- Não é um fruto da terra qualquer, mas o melhor dos frutos. Não é uma ovelha qualquer, mas a ovelha + gorda dos primogênitos.
a) a roupa – a qualidade das roupas dos sacerdotes
b) o tempo – os detalhes do tabernáculo e do templo
c) na pontualidade
d) na reverência (Ec 5.1)
e) no louvor (Sl 138.2, Sl 150)
f) na oferta financeira (não é resto nem esmola)
g) na entrega
h) no amor
i) no temor
# Simão x a Pecadora
# Marta x Maria
# Os três reis magos

3.2) A NOSSA VIDA
- O verdadeiro culto é a nossa vida, todos os momentos dela, dentro e fora do templo.
- A melhor e mais valiosa oferta a Deus é você mesmo Rm 12.1
- Esse é o nosso Culto Racional que Deus aceita.
- E essa foi justamente a oferta de Abel.
- Que Caim infelizmente não a deu.

CONCLUSÃO:
- Que oferta você tem dado a Deus?
            a) Tipo Abel
            b) Tipo Caim
- Se é para Deus tem que ser o melhor, porque ele tem nos dado o que tem de melhor.

CONVITE:
-  A nossa vida, a nossa conduta, nosso testemunho são aceitáveis diante de um Deus Santo?